domingo, 19 de junho de 2011

A se Refletir–Jorge Adoum

 

adoum

 

MENSAGEM AOS AMADOS LEITORES DE MINHAS OBRAS


Depois de distribuir a metade da edição de minha última obra "A SARSA DE HOREB", recebi, como em ocasiões anteriores, centenas de cartas, cujos remetentes me chamam de MESTRE e me pedem, ao mesmo tempo, para fundar uma Escola própria a fim de ensinar e desenvolver o que tenho escrito.
Desejo esclarecer, de uma vez por todas, com o coração na mão, que a obra que teve muita aceitação e que se intitula "AS CHAVES DO REINO INTERNO OU O CONHECIMENTO DE SI MESMO" é a recopilação e a explicação de mais de trezentas obras de ocultismo desde Blavatsky aos autores contemporâneos; é também o extrato de treze Escolas Espiritualistas; é igualmente o resumo dos ensinamentos dos MESTRES e das práticas de um discípulo. "A SARSA DE HOREB" é também o resumo de outras mais. Se nestas obras não citei os autores, foi por vários motivos, a saber:
images1 - Atualmente a ciência espiritual é patrimônio de todo estudante; estou convencido de que ao falar, por exemplo, dos sete centros magnéticos ou chakras, ninguém há de supor que estes nomes são descobertas minhas, pois estes foram citados por todos os Mestres de ocultismo, os quais, por sua vez, os herdaram da ESCOLA YOGUÍSTICA.
2 - Muitas vezes citei certas máximas, como "Amai-vos uns aos outros" sem indicar que esta frase foi dita por Jesus Cristo.
3 - As Escolas atuais com seus Mestres e filiados têm se levantado umas contra as outras. Alguns Mestres, em vez de se dedicarem a guiar seus discípulos para a perfeição, converteram-se em armas contra aqueles que não seguem os seus métodos e sua Escola.
4 - Isto tem causado os seguintes prejuízos:
Basta ouvir que o Mestre Tal tenha ensinado aquela idéia, para ser ela rechaçada sem a devida meditação para ver se a idéia tem ou não tem algo proveitoso. E o mais doloroso é que até os Antigos Mestres que já passaram ao "Oriente Eterno" não estão isentos de tais ataques.
5 - Em minhas Obras não quis citar nem autores nem fontes a fim de deixar ao critério pessoal de cada leitor a assimilação dos conceitos e para eliminar a idolatria ao Mestre e evitar o antagonismo prejudicial. Eu não tenho sido mais do que um recompilador e explicador de todas as obras antigas e modernas.
6 - Meu objetivo tem sido o de irmanar todas as Escolas e todos os estudantes a fim de alcançar um resultado satisfatório e afastar o antagonismo. Ao resumir as Obras pode-se unir o Espírito de todas as Escolas e extirpar o antagonismo dos corações dos seus filiados, bem como a parcialidade para com um ou outro Mestre. E assim podem as Escolas Oriental e Ocidental fundirem-se no crisol do Espírito da obra. .
7 - Quem escreve estas linhas nunca se proclamou Mestre, nem sequer pseudomestre, nunca vendeu revistas, nunca vendeu lições dosificadas, nem procurou conseguir discípulos. Ao contrário, tudo que tem podido dar, o deu gratuitamente. Por outro lado, sempre considerou que o único Mestre é o Deus Íntimo no ser humano e ao mesmo tempo está convencido de que é um simples estudante.
8 - A única intenção ao editar estas obras é a de recordar aos estudantes (e eu sou um deles) que todos os mistérios, símbolos, emblemas e ensinamentos de todas as Escolas Orientais e Ocidentais encontram-se gravados, escritos, praticados e aprendidos no próprio corpo do homem chamado Microcosmos.
Muitos Mestres proclamaram estas verdades, mas não as sistematizaram em uma só Obra. Eu tratei somente de recompilar todos estes ensinamentos nestes trabalhos, explicá-los e descobrir todos os mistérios no corpo humano; portanto, declaro sem sentir nenhuma humilhação nem aparentar humildade, que eu fui como uma pena ou um lápis nas mãos DELES e não tenho nenhum mérito, nem reclamo nenhuma glória.
Rogo aos leitores que meditem sobre esta Mensagem, cheia de verdade e de carinho.
Fraternalmente Jorge Adoum (Mago Jefa)
Quito - Equador, outubro de 1944

Um comentário:

  1. Caros amigos este o que mais proximo chegou de dizer a verdade sobre os ensinamentos espirituais. Temos visto seguidores com a intenção de agradar seu "mestre" ou de afirmar para si mesmo de forma pública(pois não tem convicção) que os ensinamentos de tais ou quais mestres são plagios de outros, sendo que nenhum deles disse que era de sua propriedade os ensinamentos, ao contrario deixaram como patrimonios a serem distribuidos gratuitamente a qualquer estudante. Estes seguidores desprividos de luz propria se sentem muito ofendidos com os ensinamentos que diferem de seus conceitos, dogmas ou crensas, como um crente se põem a lutar contra um inimigo externo que não existe, e esquece de si mesmo, pois caiu no dualismo. O pior se dizerem seguidores de tais mestres, porém não vivem o ensinamento de seus proprios mestres. Pensemos, somos assim...!

    Agaphe

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