Oh, guerreiro. De tuas mãos ainda escorrem o sangue
Dos últimos mortos pelo violento toque de sua espada
Tua respiração ainda ofegante, não lhe deixa pensar.
Inebriado, o cheiro de sangue ao cérebro lhe sobe.
A visão, ainda turva, manchada de vermelho.
Com sua língua, impulsivamente, sem pensar
Recolhe o liquido que escorre em seus lábios.
Um grosso, e quente liquido com gosto de ferro,
Como o pesado ferro que ainda em sua destra sustenta.
A brutalidade, ainda em mente, a pele endurecida nada sente,
Mas sua visão, através do véu vermelho que escorre
Em seus olhos vê o impossível, a ondulação do sangue
Ou um corpo esguio, ou vê ambos? Veja a si mesmo!
É ela, a filha dos Deuses, Walkiria? Estará morto?
Mas ela trás seu presente para aquele que morre em si
O frio do metal que o toca, é trocado por seu quente corpo.
Ainda, sem pensar, ainda instintivo e brutal, apenas
Reflexos da batalha recém travada. Corre até ela
Como uma besta faminta, sedento quer devorar-la…
A Deusa lhe cobre com seu vermelho véu
A espada penetra na carne, e o liquido da vida,
O calor do espírito se move e os eleva ao céu.
Fr Gemini.’.
É interessante a forma com que exprimes a essência das coisas. A inspiração é uma faculdade do ser humano, talvez esteja não nas grandes, mas nas pequenas e por horas mais insignificantes coisas da vida. Existem muitas palavras nas entrelinhas destes versos, e disto tu és mestre em esboçar. A luta é o que nutre aos guerreiros, por isso tem sido dito: como irmãos lutai! Então pega e segura firme essa espada, que agora, a ti eu jogo.
ResponderExcluirThelema 93 .'.
"Nós poucos,felizes poucos. Nós bando de irmãos, pois quem hoje derramar seu sangue comigo será meu irmão!"
ResponderExcluirHenrique V - Shakespeare