domingo, 11 de julho de 2010

Plantas Sagradas

xochipilli.jpg xochipilli image by avilix

XOCHIPILLI

Desde os tempos mais remotos, o homem busca na natureza princípios sagrados que o ajude a se aproximar da divindade. Desde que o mundo é mundo, nas antigas civilizações, há relatos da utilização das plantas sagradas para aproximação com os deuses e com as manifestações divinas.
xochipilliLembremos do Soma, chá ritualístico utilizado na Índia primitiva, ou do cacto Peyote, utilizado pelas astecas e maias. Com a ajuda da magia da natureza, estes antigos místicos, se aproximavam do divino, recebendo ensinamentos e respostas para suas mais inquietantes dúvidas espirituais.
Sem duvida, se faz necessário que utilizemos a consciência para que consigamos utilizar essa magia, sem cair no campo dos vícios e das drogas. E necessário que utilizemos da sensatez para que possamos utilizar estas sagradas plantas para que elas nos ajudem em nosso trabalho espiritual. Abaixo falamos de algumas delas:


gloria

Glória da Manhã


As sementes de algumas variedades de glória-da-manhã (Ipomoea tricolor) contêm uma triptamina naturalmente ocorrente, denominada amida de LSA.
As sementes consomem-se por via oral, directamente ou após a extração dos alcalóides activos.
A glória-da-manhã é também uma trepadeira muito popular com flores muito belas.
Há muitos tipos diferentes de sementes de glória-da-manhã.
Neste momento vendemos as variedades azul-celeste, discos-voadores, portais-de-pérola, e estrela-azul.
A variedade mais comum é azul-celeste, e as sementes são usadas para tripar pois contêm uma maior quantidade de aminoácido lisérgico que todas as outras.
A descrição dos efeitos e uso fornecidos abaixo referem-se apenas a esta variedade.
As outras variedades são mais usadas para cultivo.
Discos-voadores são conhecidas pelas suas flores grandes em forma de trombeta, as quais têm tons desde lavanda-lilás a azul celeste, e riscas brancas.
Portais-de-pérola são flores brancas com gargantas cremosas.
A estrela-azul é uma variedade mais rara. As flores têm um tom azul pálido com cinco listras azuis que formam uma "estrela" e gargantas em amarelo dourado.

ayahuasca
Ayahuasca


Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (caapi, mariri) e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona). É também conhecida por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, Santo Daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. O nome mais conhecido, ayahuasca, significa "liana (cipó) dos espíritos". Utilizada pelos incas e também por pelo menos setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É empregada extensamente no Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Brasil. Seu uso está se expandindo pela América do Sul e outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados, aonde seus integrantes utilizam como sacramento de seus rituais.

ololiuhqui
Ololiuhqui


O Ololiuhqui (Rivea corymbosa), também conhecido pelo nome "A flor da La Virgem”, pertence ao mesmo grupo botâncio da glória-da-manhã (Convolvulaceae), originária da América Latina, do norte do México ao sul do Perú, e está grandemente naturalizada noutras zonas.
As sementes da virgem dão plantas trepadeiras perenes, com flores brancas, geralmente cultivadas para fins ornamentais podendo ser usada em cercas vivas, caramanchões ou cercas industriais, boa para subir em pérgolas e treliças.
Durante muito tempo a flor da virgem foi apenas conhecida pelos índios mexicanos e pouca gente mais. Nesta zona era o enteógeno mais usado. Hoje encontra-se em quase todas as aldeias de Oaxaca (México), onde serve os povos nativos com ajuda e respostas.
As sementes da virgem são usadas devido aos seus efeitos psicoativos pelos feiticeiros astecas para comunicarem com os seus deuses. A flor da virgem também é usada na medicina tradicional mexicana como cura para flatulência, doenças venéreas, dores, e para remover tumores.
Diz-se que faz milagres quando aplicada adequadamente.
A flor da virgem não produz experiências tão fortes como outros enteógenos, ou como os cogumelos, a experiência é comparável ao estado hipnótico induzido pela glória-da-manhã.
Os índios mexicanos relatam visões poderosas, mesmo com doses baixas. Possivelmente isto deve-se às suas condições culturais e orientação xamã.
A substância psicoactiva essencial das sementes da virgem é a ergina. Demonstrou-se que esta produz um estado de transe sonhador, ou mesmo um sono semiconsciente, com visões.

Peyote
Peyote


O peyote (Lopophora Williansi) é uma planta nativa da América Central. É um cacto, que era utilizado pelos índios do México em rituais religiosos e por eles chamado de Hikuri. Supõe-se que o Peyote já era conhecido e utilizado pelos índios da América Central há pelo menos 2000 anos. O peyote também era usado pelos índios na medicina, como registrou o Dr. Francisco Hernández, que foi mandado para América Central a serviço do rei Felipe II da Espanha: “É aplicado nas juntas, e é dito que alivia as dores.” Mas, mesmo na medicina, o peyote tinha certo misticismo: acreditava-se que ele colocava o médico em contacto com os maus espíritos que provocavam as doenças e assim aconteciam as curas. Hoje em dia, algumas tribos percorrem parte do caminho para a colheita do peyote de carro e outras, como a tribo Tarahumara, por exemplo, compram o peyote de povos que conservam o ritual de colheita ou simplesmente o encomendam pelo correio. Porém, ainda existem alguns povos que conservam todo o ritual da colheita do cacto.
A importância do peiotismo é tal que os índios que não participam das cerimónias religiosas são considerados excluídos da sociedade. A parte utilizada do peyote é o caroço, mais conhecido como botão, que contém a substância ativa do peyote, a mescalina. O botão é mascado nas cerimônias ou então é misturado com bebidas e então consumido. O peyote estimula o cérebro e por isso provoca alterações de consciência que causam visões. Dilata as pupilas, provoca suor excessivo e taquicardia. Sua ingestão pode causar tanto a sensação de bem-estar, como a sensação de mal-estar, que inclui náuseas e vômitos. Não induz à dependência e não há a síndrome de abstinência.

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Wachuma


O Cacto Wachuma, conhecido também como São Pedro, é o nome de uma planta originária dos Andes, da família dos cactus.
Wachuma significa, na língua Quechua "Ébrio e Consciente".
O nome São Pedro tem origem no catolicismo, quando fala-se de morte, em alusão à transcendência que a planta proporciona com o papel de São Pedro.
Os efeitos experimentados devem-se a uma substância chamada Mescalina, presente nessa e em outras plantas, sendo a mais conhecida o Peiote, também um cactus.
A dose eficaz para a mescalina é de 300 a 500 mg e os efeitos duram aproximadamente de 10 a 12 horas.
Salvia Divinorum
A Salvia divinorum chamada também de "ska pastora", "ska María", "hierba María", "hierba de los dioses", é a única entre milhares de espécies do gênero Salvia que apresenta efeitos psicoativos (embora suspeite-se que outras espécies possam conter essas propriedades). Originária do México na Sierra Mazateca, é considerada rara, o que torna difícil a sua obtenção. Dificilmente se reproduz por sementes, sendo multiplicada através de cortes enraizados (propagação vegetativa). Seu efeito é extremamente forte, principalmente quando usados extratos potencializados, que nada mais são do que folhas concentradas com a substância psicoativa. É extremamente recomendável que os futuros usuários venham a se informar sobre seus efeitos antes de se aventurarem. Não é uma erva a ser usada em festas, raves ou com multidões, pois exige uma certa discrição da parte do usuário para que ele se sinta à vontade. Não é uma droga recreativa e pode ser traumática quando usada naquelas condições. Até hoje, não existe confirmação de que seu uso seja prejudicial à saúde, não acarreta vício e seu uso tende a não ser frequente. Contudo, bons estudos estão sendo feitos in vivo e in vitro e o uso tradicional está garantido por um conhecimento e histórico de uso centenários. É considerada LEGAL na maioria dos países, sendo que a Itália, 2 estados dos EUA e a Austrália já proibiram o uso da planta sem antes fazer um estudo sobre a periculosidade dela. Tal medida mostra a falta de critério científico por parte dos legisladores quanto aos requisitos usados para se proibir uma substância. Acredita-se que essa medida foi tomada devido a algumas notícias de incidentes nos EUA, sendo que nenhum deles foi comprovado ter sido causado pelo consumo da planta. A única alegação neste sentido teria sido da parte da mãe de um usuário que cometeu suicídio inalando gas de cozinha dentro de uma barraca. Apesar de ele não estar sob o efeito de salvia no momento do suicídio, ela afirmou: "Só pode ter sido culpa dessa planta". Tem como pricípio ativo a Salvinorina A, que, no entanto, não se trata de alcalóide, mas de um diterpeno, com ação diferente da maioria das substâncias psicoativas. Pesquisas atuais sobre o efeito da salvinorina no organismo revelaram que esta, além de não ser uma substância que leva à dependência, apresenta propriedades antidepressiva, analgésica e ainda mostra-se promissora para o desenvolvimento de fármacos para o tratamento da esquizofrenia e dependencia química. É chamada por alguns como o alucinógeno natural mais potente já descoberto, só perdendo para o LSD, o qual não é encontrado na natureza (é um semi-sintético). Por isso, pode conduzir a estados alterados de percepção onde não se recomenda interação com máquinas ou eventos sociais. Daí o uso espiritual étnico entre os Mazatecas e bruxos ancestrais.

Fr Madara .’.

http://fratermadara.blogspot.com/


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