quinta-feira, 8 de maio de 2014

Teogonia de Heliópolis

 

horusconferenciaCada grande cidade idealizou sua própria ideia da criação do mundo. A de Heliópolis está centrada em Rá. O mito heliopolitano conseguiu grande aceitação da maioria das outras cidades.É provável que esse mito deixou profundas influências em todo esoterismo ocidental.

Heliópolis é o nome grego (helios=sol) da capital do culto a Rá. Na época dos Faraós, a cidade se chamava Iunu.

“Rá nasceu de um oceano primordial (Nun) por sua própria vontade, colocou-se sobre uma colina, a Colina primordial, e alçou-se sobre a pedra bem-bem, em Heliópolis, pedra que serviria de modelo para os futuros obeliscos”

 

“No princípio criou Deus o céu e a terra.
E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”
Gênesis 1:1-2. De acordo com a mitologia nórdica; no início, antes do despertar dos deuses, havia apenas um grande precipício vazio chamado Ginnungagap. Ao norte do vazio estava a região de névoa e gelo chamada Nifleheim, e ao sul a região de fogo Muspelheim. No meio de Nifleheim corre Hvergelmir, uma cascata de onde saem onze rios conhecidos coletivamente como Elivagar.

O oceano, as águas primordiais, representa o sêmen do Universo. Da água sai toda a vida e para água volta novamente.Alçar sobre a pedra, como obelisco, é o símbolo da fecundidade. Representa a divindade masculina, sobre seu receptáculo feminino.

As representações de Rá podem variar de uma cidade a outra, de uma época para outra, mas também de uma hora para outra do dia.

Rá iniciou sua vida quando o alvorecer surgiu sobre a linha do horizonte. Khepri-Rá é <<o que esta por devir>> ou também <<o que chega à existência por si mesmo>>. Com ele tudo começa e recomeça.

Ao ascender ao céu converte em Rá-Harakhte. Ainda quando se parece a Horus (com sua cabeça de falcão) não deixa de ser uma forma de Rá. É o soberano que atravessa o céu. Rá-Harakhte vela pelas almas do Oriente, aquelas destinadas a serem despertadas para uma nova vida.

Ao chegar a noite, Atum-Rá adquire a aparência de homem com cabeça de carneiro. Possui o cetro uas e a cruz ankh. Também pode ser representado sob a forma de gato.

Khepri, Harakate e Atum são venerados com seus nomes próprios de acordo com a importância dada pelos diferentes costumes locais. Mas, de fato, é Rá que é adorado, seja qual dor a forma que assuma.

Como o sol, Rá é quem permite que o mundo exista e se desenvolva. Efetivamente, sem o sol não há vida e sem Rá também não: ele é considerado o pai de todos os deuses e, por extensão, o criador de todos os homens.

Simbolos e Cultos do Deus Rá

Seus atributos divinos: Os cetros uas (força e potência) e ames.

O disco solar envolto pelo uraeus.

Seus emblemas: O pilar djed, símbolo de estabilidade e duração

O Obelisco que evoca a primeira Terra sobre a qual alçou o sol da criação.

Seus animais : O ichneumon (mangusto) caçador de serpentes e o touro. São os animais sagrados. Também o gato e o escaravelho, ainda que não sejam sagrados, são associados a ele.

Seu elemento: O fogo

Sua cor: O vermelho, cor da violência temível e matiz ardente

Sua festa: É consagrado nos primeiros dias do ano, bem como nos sextos e sétimos dias de cada mês. Rá, evidentemente, também é celebrado quando se festeja algum deus que o incorpore.

Seus templos: Todos os templos estão situados em Abu Gurab, Abu Simbel e, principalmente, em Iunu (Heliópolis em grego), seu principal lugar de culto.

“A cada manhã Rá se levanta no Oriente ao som dos cantos e das danças. Abre seu olho brilhante e depois sobe à Barca do Dia (Mandjet) que navegará pelo céu até a noite. Rá chega então ao Ocidente. Passa à Barca da Noite (Mesektet), a bordo da qual cruzará o mundo inferior, um mundo noturno e perigoso onde habitava a morte. Rá então tem aparência de um carneiro ou de um homem com cabeça de carneiro. Durante seu percurso noturno reanima Osíris. Graças aos ritos funerários de conservação dos corpos, cada defunto se converte em –Osíris-. Todos os egípcios alimentam um desejo: ser devolvido a uma nova vida, como ocorreu com Osíris, graças aos bons cuidados de Rá.”

Rá passa nove horas no submundo, enfrentando provas correspondente a cada uma dessas horas. O Hierofante Samael Aun Weor fala dos “nove” trabalhos de Hércules, correspondente a segunda montanha da iniciação, as 9 musas em torno de Apolo.

A Enéade de Heliópolis

De Rá saiu o resto da criação. Shu (o ar) e Tefenut (o principio húmido) engendraram um novo casal: Geb (a terra) e Nut (o céu). Deste casala desarticulado nasceram duas divindades destinadas a posteridade: Osíris-Ísis (casal de virtudes positivas) e Séth-Nephtis (casal de virtudes negativas). Esse conjunto formado por nove divindades é denominado Eneade (Pesedjet em egípcio)

scarabsteleKhepre, em egício, quer dizer escaravelho. Este inseto foi escolhido como hieróglifo para escrever o verbo Kheper, que significa <<se criar, se formar>>. Essa homifonia associa o escavelho com a noção da criação espontânea que encarna Rá quando é Khépri, deus do amanhecer. O sol, como os escaravelhos, surge completamente formado pela terra. Por esta razão, o sol nascente tem o nome de Khepri-Kheper-emta (Khepri que surgiu da terra).

Uma crença muito antiga dizia que o deus do céu tinha a forma de falcão chamado Horus; esta forma tinha por olhos o sol e a lua. Rá, que muito cedo foi identificado pelo clero de Heliopolis como sendo este deus do céu, conservou seu olho de sol, enquanto Horus conservou o olho lunar.

Toda divindade pode incorporar Rá e se tornar tão poderoso quanto Ele. Nesse caso, é acrescentado Rá ao nome da divindade, Osíris-Rá, Amon-Rá, etc...

Fr. Magnani

Um comentário:

  1. Oh! Todos os Benditos! Sempre! Deuses(as), Divindades, Deidades, Devas! Sempre! Ave (Viva, Salve, Namaste)! Sempre! Agradecimentos (Agradecido), Gratidões (Grato), Graças (Felizmente), Infinita, Eternamente, por tudo de: positivismo (positivo, positividade), a mim (definitivamente)! Mesmo! Pra Sempre! Peço-Vos, que eu tenha (boas, ótimas, excelentes): Paz, Saúdes, Proteções: demais, por tempo demais, a mim (positiva, real, verdadeira, definitivamente)! Sempre (Eterna, Infinitamente)! Mesmo! Assim Se Faça! Assim Seja! Amém!...

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