“É a maravilha obra de arte ante o qual se observa o rito do silêncio, e é considerada como divindade”. Romano Plínio
Não é de se admirar que o Rei Tutmés IV,há 3 mil e quatrocentos anos, erigisse sobre o peito da Esfinge uma lápide de pedra de quatro metros de altura e fizesse gravar nelas as seguintes palavras: “Nestas zonas reinou um mistério mágico desde a alvorada dos tempos, porque a figura da Esfinfe e o emblema de Khepera ( Deus da imortalidade ), o maior dos espíritos, o ser venerável que repousa neste lugar. Ó habitantes de Mênfis e de todos os distritos circundantes, levantem suas mãos e orem ante sua imagem”.
Na lápide que Tutmés fez instalar entre as patas dianteiras da Esfinge, os artistas da época esculpiram a figura dela, representando-a num bloco de forma cúbica, onde há todo um edifício com sua entrada central e respectiva decorações de baixo-relevo.Ter-se-iam baseado em alguma lenda ancestral, perdida na atualidade? Existiria mesmo um templo em forma de bloco, sepulto na colina rochosa, com a esfinge descansando em seu teto imenso, como um gigante?
Antigas tradições de fontes caldéias, gregas, romanas e até árabes falam insistentemente de certa passagem a uma câmara subterrânea, que todos os sacerdotes usavam para se transladarem da Grande Pirâmide a Esfinge. Essas tradições, na grande maioria carecem de fundamento, mas não há fumaça sem fogo. Tão destros são os egípcios antigos em ocultar passagem na pedra e dissimular entradas.
Há cerca de 100 anos, ali esteve o coronel Howard Vyse. Ao inteirar-se das antigas lendas que circulavam sobre a Esfinge, empenhou-se em comprovar a veracidade. Nesse intuito mandou perfurar os ombros da Esfinge com enormes ferros providos de cinzeis nas pontas. As furadeiras, após terem penetrado uma profundidade de oito metros, encontraram sempre rocha maciça. Na época de Vyse, porém, por infelicidade só se via a cabeça da Esfinge, estando o corpo sepulto sob a enorme massa de areia.
Em outubro de 1935, Edgar Cayce, conhecido como professor “dorminhoco” teve, assim como Tutmes IV um sonho no qual uma revelação lhe foi mostrada. O afanado vidente viu, de forma onírica, que os sobreviventes da Atlantida construíram o complexo de Gizeh, com suas pirâmides e Esfinge, para criarem ali uma grande biblioteca e guardarem todo seus conhecimentos, diante do temor que o passo do tempo acabasse com sua fabulosa cultura... Claro que foi tratado por excêntrico e louco, nenhuma tentativa ouve na época de comprovar suas visões.
No início dos anos 1990, Thomas Dolecki, um sismologo da universidade de Houston, realizou uma quantidade de testes que comprovaram que a Esfinge foi construída em varias etapas. E não parou por aí, graças a seu estudo exaustivo, foi possível comprovar, segundo ele, que sob a enigmática estatua havia vários tuneis intocados, além de uma sala subterrânea que se encontra logo abaixo das patas da Esfinge. No entanto, o recebimento da notícia por parte das autoridades egípcias e arqueologia oficial não foi nada amistosa, que acabaram por expulsar o investigador em 1993 da área de Gizeh
Ninguém sabe quando e porque foi esculpida em rocha maciça de pedra calcária, emergindo da areia, nem quais foram as mãos que transformaram a rocha solitária em uma estátua de gigantescas proporções. Nos papiros que foram encontrados até agora não há praticamente indícios além da XVIII Dinastia que digam respeito à Esfinge, e além da IV nenhum inscrição que a menciona. Nas escavações que se fizeram em busca de antigos despojos, havia uma inscrição que se falava da Esfinge como um monumento cuja origem se perde na noite dos tempos e que foi encontrada casualmente depois de haver estado enterrada nas areias do deserto. Completamente esquecida e ignorada por todos. Essa inscrição pertence ao período da IV Dinastia. Cujo Faraó reinava a mais de 6 mil anos. Para esses reis, a esfinge já era incalculavelmente velha.
Foi através de um misterioso sonho de Tutmés IV, que pela primeira vez a Esfinge foi desenterrada completamente. “As areias do deserto me cercam” –clamou seu espírito “estou me afundando. Pronto! Faça que as afastem de mim, prova-me que és meu filho e defensor...”
Ao despertar Tutmés disse a si mesmo: “Os habitantes da cidade e do templo vem adorar a Deusa, mas ninguém ocorreu a idéia de libertar seu ídolo das areias”
“Ao meio dia, exauto, após ter cavalgado muito, descansava e mandou seu séquito descansar. Diante de um altar oferecia holocausto aos Deuses e retirava-se para gozar repouso.”
“O príncipe caiu em sono profundo na hora em que Rá é coroado. Tutmés ouviu o deus venerado, majestosamente falando-lhe com sua própria voz, como um pai quando de dirige ao filho, e disse: “Em verdade te vejo, filho meu, comtemplo-te,Tutmés, eu sou teu pai Heru-Khut, a quem deverás esse reino. Tu levantaras a coroa flamejante e o país será teu em toda sua extensão; o diadema do deus brilhará sobre ti, alimentos do Egito e custosos presentes de países estrangeiros ser-te-ão oferecido!...”
O sonho terminou com o pedido urgente de libertar e Esfinge do seu cárcere de areia, caso o jovem príncipe quisesse obter a prometida coroa.Tutmés obedeceu religiosamente a ordem recebida e mandou os homens desenterrarem a Esfinge da areia, que chega camuflar-lhe o seio.
Por sua vez, Heru-Khut, “o sol nascente”. Espírito ou deus da Esfínge foi fiel em sua promessa.
Não obstante, não foi a única vez que o homem se viu impulsionado a libertar a Esfinge. Sete vezes foi ela desafogada da sua carga e outras tantas vezes sepultaram-na as areias incansáveis.
Para os egiptólogos ortodoxos, a paternidade da Esfinge deve ser atribuída ao Faraó Kefren, também construtor da segunda pirâmidede Gizeh. As provas para dar autoria da gigantesca estátua a este antigo rei são, por um lado, uma estrela erguida por Tutmes IV que se encontra entre as patas dianteiras do monumento e, por outro lado, a semelhança do rosto felino com a face da estatua de Kéfren que se encontra no museu do cairo. No entanto, nenhuma das duas provas é conclusiva. No primeiro caso, esse texto sugestivo foi encontrado por Caviglia, e deles se obtiveram as primeiras provas da paternidade do mesmo Faraó Kefren, baseando-se na linha 14 da inscrição que aparecia a silaba Khaf, que os arqueólogos associaram ao nome Egípcio Khafra (Kefren). O problema é que a linha que continha essa silaba estava incompleta, assim como a parte inferior do texto.Quanto ao segundo caso, estudos comprovaram que o queixo da Esfinge era muito mais saliente que do busto do museu do cairo, e seus olhos mais fundos. Evidenciando que não se tratava de jeito nenhum da mesma pessoa.
No entando, existe uma prova desprezada pela maior parte dos arqueólogos. A estrela do inventário, descoberta pelo arqueólogo Mariette, nos relata como Queóps descobriu um templo dedicado a Horus logo ao lado da Esfinge. Obviamente, se um texto nos narra um episodio onde a Esfinge é mencionada antes de Kefren ter nascido, como esse faraó pode te-la construído?
Os estudos de um geólogo, Robert Schot, da Universidade de Boston, estudou a esfinge em busca de respostas, conseguiu então, demonstrar cientificamente, que uma erosão que circunda a esfinge foi produzido pela água. E que, devido a Esfinge durante o Egito médio e novo império não ser mencionada, e que desde de Caviglia ela já foi desenterrada varias vezes, essa erosão não seria tão recente pois a Esfinge permaneceu a maior parte de seu tempo soterrada, protegendo sua base. A idade cogitada da Esfinge é de 6.500 anos, porem erosão de tal calibre pela água foi na época que Gizeh foi inundada pelas águas ao produzir o desgelo da glaciação, 12 a 17 mil anos. Quando o homem não era mais que um macaco nas cavernas.
Um investigador sustenta a data de 10.500 a.c. afirmando que nessa época a esfinge olhava para a constelação de leão, ( devido seu rosto felino ) baseado no estudo da sucessão dos Equinócios, que permite saber qual constelação aparecia na frente do olhar da Esfinge, cujo hoje se apresenta peixes* . A sucessão das constelações ocorre a cada 2000 anos. Na nossa época, esse fenômeno só foi descoberto no sec II a.c. pelo astrônomo grego Hiparco. E o modelo que temos que denominam as constelações vem da Babilônia, 1500 a.c.
O Antropologo Samael Aun Weor explica que toda nova era se inicia com a constelação de Leão, e que atualmente estamos na era de aquário, o que corrobora a teoria da sucessão dos equinócios que revela a idade da Esfinge.
Uma pedra maciça, impassível durante séculos é um enigma insolúvel, para que serviu a esfinge? Para que servia a grande Pirâmide? São seres que guardam não só a função daquilo para que foram projetadas, mas a própria historia do homem, sua inteligência, seu espírito. Só a imaginação pode captar o enorme símbolo dessas mangas obras, fonte de deleite para aqueles poucos que exercitaram suas faculdades internas.
Pergunta: O que representa a Esfinge com a metade do corpo em forma de animal e o rosto de homem?
Samael Aun Weor: O rosto representa o Mercúrio da Filosofia Secreta, o esperma sagrado de onde sai o Homem Verdadeiro. Quanto às asas, obviamente representam ao Espírito. A Esfinge é importantíssima, ela veio da Atlântida, lá a usavam na Universidade Atlante os membros da “Sociedade Ákaldam”. Esta Sociedade Ákaldam tinha sempre a Esfinge ali, para nos representar o Homem, para representar o Caminho que conduz à Liberação Final. Originalmente, a cabeça da esfinge tinha uma coroa de 9 pontas de aço, que representa a Nona Esfera, o sexo; tinha um báculo em sua garra direita, em sua outra mão a espada flamígera (originalmente, é claro, já que a atual está despojada de tudo isso,porém originalmente tinha isso tudo).
Significa o caminho esotérico, o caminho sagrado que há que se fazer, os Mistérios que há na Nona Esfera, o sexo, o Trabalho com os 4 Elementos da Natureza dentro de nós mesmos aqui e agora para poder fabricar os Corpos Existenciais Superiores do Ser e converter-se em um Homem verdadeiro.
Porém, nisso há que distinguir entre a Roda que gira incessantemente do Arcano 10 do Tarô (que é a Roda do Samsara) e a Esfinge. A Roda do Samsara significa a Evolução e sua irmã gêmea a Involução; pela direita Anúbis evolucionante, pela esquerda Tiphón involucionante. A Esfinge está sobre a roda, ela é o Caminho da Revolução da Consciência; devemos nos meter pelo Caminho da Revolução em marcha, da rebeldia psicológica, este é o Caminho que nos leva à revolução final; temos de nos afastar da Evolução e da Involução e nos meter pela Senda da Revolução em marcha, ser revolucionários, ser rebeldes. Se é que queremos realmente chegar a liberação necessitamos da grande rebeldia psicológica. (Samael Aun Weor)
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